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Título: Diferenciais de cárie dentária entre os índios Xavante de Mato Grosso, Brasil
Autor(es): Arantes, Rui
Santos, Ricardo Ventura
Frazão, Paulo
Afiliação: Fundação Oswaldo Cruz. Unidade Cerrado Pantanal. Campo Grande, MS, Brasil.
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de Endemias. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional. Departamento de Antropologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública, São Paulo, SP, Brasil.
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar níveis de experiência de cárie entre subgrupos Xavante que vivem em diferentes Terras Indígenas (T.I.) no Estado de Mato Grosso, Brasil, a fim de investigar a presença de desigualdades no interior de uma mesma etnia indígena. Os dados foram coletados através de um censo de saúde bucal realizados em 2004. Das sete T.I. Xavante existentes, foram investigadas quatro (Pimentel Barbosa, Sangradouro, Areões e Marechal Rondon), nas quais foram selecionadas a maior aldeia de cada. Foram adotados os critérios preconizados pela Organização Mundial da Saúde, e utilizado o índice CPOS. Para mensurar as diferenças entre as T.I. foi estimada a razão de prevalência (RP) por meio de análise de regressão de Poisson, efetuada na faixa etária entre 6 e 34 anos para cada sexo, incluindo a idade como covariável. Nesta faixa etária, as perdas variaram entre 26 a 30%. Pimentel Barbosa foi considerada como referência para comparações por apresentar menor prevalência de cárie em todas as faixas etárias analisadas. A maior disparidade foi notada entre as T.I. Pimentel Barbosa e Sangradouro, tanto em homens (RP 2,68- IC95% 2,41 a 2,97) como em mulheres (RP 2,03- IC95% 1,85 a 2,23). A RP do componente obturado em Areões e Marechal Rondon (diferença relativa a Pimentel Barbosa) é muito pequena em relação à carga de doença total nestas T.I., indicando menor presença de serviço odontológico restaurador. Conclui-se que a transição em saúde bucal não é homogênea entre os Xavante e que as diferenças podem estar associadas a particularidades do processo histórico de interação com a sociedade não-indígena. Determinantes locais e regionais, incluindo fatores demográficos, características econômicas e sócio-culturais específicas, acesso e utilização de serviços de saúde, podem ter determinado as desigualdades de ataque de cárie observadas entre os Xavante.
Palavras-chave: Brasil
Índios Sul-Americanos
Saúde de Populações Indígenas
Mato Grosso
Região Amazônica
Epidemiologia
Região Centro-Oeste
Cárie Dentária
Saúde Bucal
Xavante
Estudos Epidemiológicos
Índice CPO
Deficiências Nutricionais
Condições Socioeconômicas
DeCS: Brasil
Saúde de Populações Indígenas
Índios Sul-Americanos
Ecossistema Amazônico
Estudos Epidemiológicos
Epidemiologia
Saúde Bucal
Cárie Dentária
Deficiências Nutricionais
Índice CPO
Classe Social
Data do documento: 2010
Editor: Rev Bras Epidemiol
Referência: ARANTES, Rui; SANTOS, Ricardo Ventura; FRAZÃO, Paulo. Diferenciais de cárie dentária entre os índios Xavante de Mato Grosso, Brasil. Rev Bras Epidemiol, v. 13, n. 2, p. 223-236, 2010.
DOI: 10.1590/S1415-790X2010000200005
ISSN: 1415-790X
Direito autoral: open access
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