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http://ds.saudeindigena.icict.fiocruz.br/handle/bvs/893
Título: | Diagnóstico molecular de infecção malárica em aldeias indígenas ianomâmis |
Orientador: | Carvalho, Luzia Helena |
Autor(es): | Robortella, Daniela Rocha |
Coorientador: | Souza, Tais Nóbrega de |
Resumo: | Nos últimos anos, a incidência de malária no Brasil vem reduzido significativamente, particularmente, em virtude das medidas de controle. Neste novo cenário, faz-se necessário identificar e tratar a malária submicroscópica, uma vez que estes indivíduos constituem fonte de infecção para o mosquito vetor. Neste contexto, nosso grupo de pesquisa vem aprimorando o diagnóstico molecular de malária e, recentemente, padronizou uma reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), altamente sensível, para a detecção de alvos não ribossomais (Pvr47 e Pfr364) dos plasmódios. Baseado nestes achados, o objetivo do presente trabalho foi investigar a malária subpatente em tribos indígenas de povos Ianomâmis, onde as baixas parasitemias parecem ser frequentes. A população de estudo foi constituída de indivíduos pertencentes a cinco aldeias ianomâmis do Polo Base Marari, estado do Amazonas. O estudo envolveu dois cortes transversais, sendo realizados nos meses de setembro (primeiro corte transversal) e novembro (segundo corte trans versal) de 2014. Foram incluídos no estudo um total de 914 indígenas, com cerca de 1590 amostras de sangue coletadas em papel de filtro. Para o diagnóstico molecular de malária, quatro diferentes protocolos de PCR foram utilizados, sendo três baseados em alvos ribossomais (18S rRNA) e um em alvos não ribossomais (Pvr47/Pfr364) dos plasmódios. Os resultados aqui obtidos permitiram demonstrar que os alvos Pvr47/Pfr364 foram os mais sensíveis para o diagnóstico de malária submicroscópica, embora não se mostraram adequados para o diagnóstico de espécie. Dentre os protocolos baseados no gene 18S rRNA aqui utilizados (Nested-PCR, RT-Mangold e RT-Rougemont), a Nested-PCR (método molecular de referência) se mostrou mais apropriada para o diagnóstico específico das infecções maláricas submicroscópicas. Em conjunto, este estudo de infecção malárica em populações ianomâmis permitiu demonstrar que: (i) enquanto 0,9% das amostras foram positivas pela microscopia ótica (MO), diagnóstico de rotina, os protocolos moleculares identificaram 7,8% de postividade; (ii) P. vivax foi a espécie predominante, seguido do P. malariae e P. falciparum em proporções similares; (iii) a positividade por malária diminuiu com a idade (crianças>adolescentes>adultos) e foi influenciada pelas variações sazonais (setembro>novembro); (iv) a prevalência de malária variou significativamente nas diferentes aldeias, sugerindo que a doença não está homogeneamente distribuída na área de estudo. Espera-se que os resultados aqui obtidos possam contribuir para o direcionamento e monitoração de medidas de controle em reservas indígenas, bem como estimar a real incidência de malária nas áreas sob vigilância epidemiológica. |
Palavras-chave: | Amazonas Brasil Índios Sul-Americanos Região Norte Saúde de Populações Indígenas Região Amazônica Yanomami Malária Parasitologia Polimerase |
DeCS: | Brasil Índios Sul-Americanos Saúde de Populações Indígenas Região Amazônica Malária |
Data do documento: | 2016 |
Referência: | ROBORTELLA, Daniela Rocha. Diagnóstico molecular de infecção malárica em aldeias indígenas ianomâmis. 2016. 66 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2016 |
Local de defesa: | Belo Horizonte/MG |
Instituição de defesa: | Fundação Oswaldo Cruz . Centro de Pesquisas René Rachou |
Direito autoral: | open access |
Aparece nas coleções: | DIP - Dissertações de Mestrado |
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