GH - Dissertações de Mestrado

Browse

Recent Submissions

Now showing 1 - 7 of 7
  • Item
    Estudo das enzimas hepáticas na população Terena em Mato Grosso do Sul – Brasil
    (2010) Agüena, Sandra Maura; Melnikov, Petr
    O objetivo deste trabalho foi quantificar as enzimas hepáticas, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FAL) e gama glutamil transferase (GGT) na população Teréna em Mato Grosso do Sul. Foram avaliados 246 indivíduos com idade igual ou superior a 20 anos da aldeia Tereré, localizada em Sidrolândia, e da aldeia Lagoinha, localizada entre os municípios de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, sendo 119 indivíduos do sexo masculino e 127 do sexo feminino. As enzimas foram determinadas por método cinético utilizando equipamento automatizado. A população Teréna estudada apresentou de modo geral, atividade normal das enzimas hepáticas, uma vez que 204 indivíduos (82,9%) apresentaram valores séricos de AST normais, 212 (86,2%) valores normais de ALT e FAL e 174 (70,7%) valores normais de GGT. Valores altos de AST foram encontrados em 42 (17,1%) índios Teréna, de ALT e FAL em 34 (13,8%) e de GGT em 72 (29,3%). Estes dados indicam que na maior parte desta população, a função hepática encontra-se dentro dos limites fisiológicos.
  • Item
    Análise molecular de variantes de grupos sanguíneos em populações indígenas
    (2018) Rodrigues, Mirelen Moura de Oliveira; Fieggenbaum, Marilu; Almeida, Silvana de
    A frequência dos alelos de grupos sanguíneos é diferente de acordo com a origem étnica da população, o que torna importante a determinação da variabilidade desses alelos em tribos indígenas. Devido as características culturais, que, por vezes, podem ser somadas a localização geográfica de difícil acesso, o isolamento, endocruzamentos e efeito do fundador podem propiciar o aumento da frequência de genótipos que são raros nas demais populações. Esta condição tem impacto direto na prática transfusional, visto que estes genótipos raros não são comuns na população de doadores de sangue. Com a finalidade de gerar conhecimento sobre a variabilidade genética dos grupos sanguíneos que apresentam grande impacto na prática transfusional, este estudo teve como objetivos determinar a variabilidade de genes relacionados aos grupos sanguíneos Diego, Kell, Duffy, Kidd e MNS, em indivíduos de tribos indígenas Kaingang e Guarani do Sul e Centro-Oeste do Brasil, comparando com dados de outras tribos Kaingang e Guarani, com o banco de dados 1000 genomas e com doadores de sangue de diferentes regiões brasileiras. Este estudo foi realizado em 306 amostras de tribos Kaingang (n= 72) e Guarani (n= 234) coletadas no período entre 1975 – 2000. A análise das variantes genéticas de grupos sanguíneos foi realizada utilizando a técnica de PCR em tempo real, com sondas de hidrólise do sistema TaqMan® (Thermo Fisher) para o sistema Diego c.2561C>T (DI*01/*02, rs2285644), Kell c.578 C>T (KEL*01/*02, rs8176058), Duffy c.125 A>G e c.1-67T>C (FY*01/*02, rs12075; FY*02N.01, rs2814778), Kidd c.838G>A (JK*01/*02, rs1058396) e MNS c.143T>C (GYPB*S/GYPB*s, rs7683365). As frequências alélicas foram comparadas utilizando o teste de Qui-quadrado com correção de Yates. Todas as frequências genotípicas estão de acordo com o esperado para populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Foram observadas diferenças significativas para os alelos DI*01 e FY*01 quando comparadas com amostras de Kaingang e Guarani coletadas no período de 1950-1960, bem como para todos os alelos analisados quando comparados os dados de genotipagem de doadores de sangue brasileiros (Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e região do Norte do Brasil), com exceção da amostra de doadores de sangue descendentes de Japoneses, principalmente para a tribo Guarani. De acordo com os resultados obtidos através da análise de FST, com intervalo de confiança de 95%, a diferenciação genética foi maior entre as populações de Kaingang e Africanos (FST = 0,168) e de Guarani e Africanos (FST = 0,190) do que com as outras populações avaliadas pelo Projeto 1000 Genomas (Americanos, Europeus e Asiáticos). Dessa forma, embora não exista grande diferenciação genética, para as variantes analisadas, entre os ameríndios do presente estudo quando comparados com populações de Europeus, Asiáticos e Americanos, as diferenças de frequências alélicas e genotípicas entre as populações indígenas e de doadores de sangue devem ser consideradas. Isso porque estas diferenças podem impactar na prática transfusional, levando a aloimunização de indígenas que necessitem de transfusão sanguínea e, também, na dificuldade de encontrar doadores de sangue compatíveis com um receptor de hemocomponentes indígena. Com base nos dados gerados pelo presente estudo, há evidências que haverá um aumento de probabilidade de se encontrar um doador de sangue compatível para transfusão sanguínea em pacientes Ameríndios entre os doadores de sangue descendentes de asiáticos.
  • Item
    Prevalência de anticorpos IgG contra VVZ(Vírus Varicela Zoster) nas tribos Kuikuro e Kayabi do parque indígena do Xingu pré vacinação contra varicela
    (2004) Lafer, Manuel Mindlin; Weckx, Lily Yin
    Objetivos: avaliar a soroprevalencia de anticorpos IgG anti-VVZ nas etnias mais populosas do Parque Indigena do Xingu e determinar os valores preditivos positivo e negativo da historia pregressa de infeccao por varicela. Metodos: o estudo foi realizado entre junho e setembro de 2001 no Parque Indigena do Xingu, situado ao norte de Estado do Mato Grosso, que compreende uma area de 2.642.003 hectares e populacao de entao 3919 habitantes. Destes, foram avaliados 589 pertencentes a duas aldeias Kuikuro da regiao do Alto Xingu, e tres aldeias Kaiabi da regiao do Baixo Xingu, de modo a fornecer dados sobre infeccao previa por varicela. Foi realizado ensaio imunoenzimatico indireto para pesquisa de anticorpos IgG anti-Varicela Zoster Virus em 224 amostras de sangue coletadas antes da Introdução da vacinacao contra varicela. A selecao de voluntarios foi feita por chamamento e seguiu a distribuicao etaria daquela populacao, sem que houvesse influencia da resposta proferida a anamnese. Resultados: a soroprevalencia de anticorpos IgG foi de 80,8 por cento (intervalo de confianca de 95 por cento: 76 por cento a 86 por cento). Nos menores de 1 ano de idade, entre 1 e 5 anos, 6 e 10 anos, 11 e 15 anos, 16 a 20 anos e nos maiores de 20 anos, houve soroprevalencia de respectivamente 25 por cento, 57,8 por cento, 78,9 por cento, 100 por cento, 97,1 por cento e 100 por cento. 0 valor preditivo positivo da historia pregressa de varicela foi de 98 por cento e o valor preditivo negativo foi de 41 por cento. Conclusoes: a soroepidemiologia da varicela no Parque do Xingu antes da Introdução da vacinacao contra varicela foi comparavel a da populacao brasileira descrita na literatura. Houve maior proporcao de soroprevalentes entre 11 e 15 anos, indicando aquisicao de imunidade mais precoce contra esta doenca. 0 valor preditivo positivo elevado e o valor preditivo negativo baixo da historia previa tambem corresponderam aqueles descritos na literatura internacional
  • Item
    Marcadores de enteropatogenicidade em amostras de Escherichia coliisoladas de crianças indígenas - etnia Guarani, Sul do estado do Rio de Janeiro
    (2013) Coelho, Carla Verçoza Lopes; Mangia, Adriana Hamond Regua; Périssé, André Reynaldo Santos
  • Item
    Variabilidade do gene BCHE em populações indígenas do Paraná
    (2010) Alves, Hugo da Silva; Souza, Ricardo L. R. de
    Resumo: Kaingang e Guarani constituem os dois maiores grupos de ameríndios que vivem no sul do Brasil. Estes grupos possuem uma origem comum nos paleo-ameríndios que colonizaram a América do Sul. Historicamente compartilham espaços geográficos entre si e mais recentemente estabeleceram contato com grupos europeus e africanos. A BChE é uma enzima colinesterase sérica produzida a partir do gene BCHE. Este gene está localizado no cromossomo 3 e possui aproximadamente 70 variantes descritas, sendo a grande maioria muito rara e/ou silenciosa. A BChE não possui uma função muito bem estabelecida, porém está relacionada com diversos aspectos fisiológicos, como: metabolismo de lipídios, co-regulação da neurotransmissão colinérgica, proliferação celular nervosa e proteção contra agentes tóxicos neurais. O presente estudo analisou três SNPs dentro do gene BCHE e quatro em torno do gene através de PCR-SSCA e Genotipagem por TaqMan. Foram genotipados 60 Kaingang e 60 M’Byá Guarani, todos da reserva indígena Rio das Cobras no estado do Paraná, Brasil. Os dados obtidos foram comparados com outras populações. Dentro do gene BCHE: o alelo mutante -116A está totalmente ausente nos ameríndios, assim como em asiáticos e africanos; o alelo mutante K está presente ancestralmente nos ameríndios; e, finalmente, o alelo mutante 1914 está significantemente menos frequente em ameríndios do que em grupos europeus, asiáticos e africanos. As frequências alélicas e a diversidade haplotípica mostraram que o tempo de divergência entre estes grupos ameríndios, Kaingang e Guarani, foi suficiente para distingui-los geneticamente. O contato entre eles e com grupos nãoameríndios não criou níveis significantes de miscigenação, provavelmente por diferenças culturais e lingüísticas. Em termos gerais há também uma variação gradual do alelo ou haplótipo mais frequente. Nos extremos estão as populações mais afastadas e isoladas geograficamente, as africanas e ameríndias, e em uma condição geralmente intermediária de variação estão as populações asiáticas e européias. Dados do consórcio HapMap apresentam exatamente esta tendência entre o grupo euro-descendente (CEU) e o grupo nigeriano (YRI) para mais de 75% de 3 milhões de SNPs analisados. Adaptações locais e efeitos mais significativos da deriva genética são, por enquanto, as principais justificativas para esta forte variação.